Segundo
o dicionário, a palavra hábito significa “disposição adquirida pela repetição
freqüente dum ato; costume”. É fato que, entre a virtude e a conveniência, o
brasileiro está, sobretudo, habituado a conviver e assistir à fanfarrice dos
politiqueiros exploradores que sondam ou sondaram o governo do país. É fato também, que os homens são tão simples e
tão obedientes às necessidades do momento, que quem engana, encontra sempre a
quem se deixe enganar. Mas, e quando a necessidade pende para o lado do
enganado? Ele habitua-se.
É
o que acontece com o brasileiro que, quando, em tempos de corrupção, lavagem de
dinheiro, e abuso do poder de políticas públicas, cala-se diante da impunidade.
A retórica capaz de direcionar a opinião
pública que os criminosos de colarinho branco empregam, ainda seduz as
maiorias: uma parcela social convenientemente esperançosa. Uma esperança
direcionada por este discurso oportunista que não passa de um interesse travestido
de profecia.
Esperança?
Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico, considerados loucos em
sua época, foram incapazes de sobrepor o hábito vigente lá, mas revolucionaram
o mundo. Essa expectativa da sociedade de melhoria há de se transfigurar em
ânsia por punição e justiça. É que aquele que engana, faz do enganado sua
corja, e lhes tira o emprego, a residência, o prato de comida da mesa, a
assistência de saúde e educação com tamanha sutileza, que ludibria, mas, a
consciência disso, e de que é possível sim, como foi outrora, mudar o rumo das
coisas, já é uma grande vantagem.
A
garantia confiável da impunidade, que tem gerado uma recompensa satisfatória a
quem se beneficia sobre quem facilita, é impulsionada pela estagnação
brasileira, mas acreditar que somos capazes de mudar qualquer aspecto de nossa
vida é talvez o primeiro passo para conquistarmos um futuro com o qual
concordemos, onde a persistência da memória faz da história, um mapa moral.
Entre
uma sociedade teocrática sugerida por Santo Agostinho e um governo dirigido por
intelectuais, como Platão sugeriu, roga-se para que o povo seja sábio para
questionar, julgar e acreditar em mudanças, e perspicaz o suficiente para
ponderar a confiança e a dúvida, a gentileza e a má intenção, e a fé e o
governo dirigido por seres humanos e só.
Sarah
Nadim de Lazari
#2011
Segundo
o dicionário, a palavra hábito significa “disposição adquirida pela repetição
freqüente dum ato; costume”. É fato que, entre a virtude e a conveniência, o
brasileiro está, sobretudo, habituado a conviver e assistir à fanfarrice dos
politiqueiros exploradores que sondam ou sondaram o governo do país. É fato também, que os homens são tão simples e
tão obedientes às necessidades do momento, que quem engana, encontra sempre a
quem se deixe enganar. Mas, e quando a necessidade pende para o lado do
enganado? Ele habitua-se.
É
o que acontece com o brasileiro que, quando, em tempos de corrupção, lavagem de
dinheiro, e abuso do poder de políticas públicas, cala-se diante da impunidade.
A retórica capaz de direcionar a opinião
pública que os criminosos de colarinho branco empregam, ainda seduz as
maiorias: uma parcela social convenientemente esperançosa. Uma esperança
direcionada por este discurso oportunista que não passa de um interesse travestido
de profecia.
Esperança?
Galileu Galilei, Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico, considerados loucos em
sua época, foram incapazes de sobrepor o hábito vigente lá, mas revolucionaram
o mundo. Essa expectativa da sociedade de melhoria há de se transfigurar em
ânsia por punição e justiça. É que aquele que engana, faz do enganado sua
corja, e lhes tira o emprego, a residência, o prato de comida da mesa, a
assistência de saúde e educação com tamanha sutileza, que ludibria, mas, a
consciência disso, e de que é possível sim, como foi outrora, mudar o rumo das
coisas, já é uma grande vantagem.
A
garantia confiável da impunidade, que tem gerado uma recompensa satisfatória a
quem se beneficia sobre quem facilita, é impulsionada pela estagnação
brasileira, mas acreditar que somos capazes de mudar qualquer aspecto de nossa
vida é talvez o primeiro passo para conquistarmos um futuro com o qual
concordemos, onde a persistência da memória faz da história, um mapa moral.
Entre uma sociedade teocrática sugerida por Santo Agostinho e um governo dirigido por intelectuais, como Platão sugeriu, roga-se para que o povo seja sábio para questionar, julgar e acreditar em mudanças, e perspicaz o suficiente para ponderar a confiança e a dúvida, a gentileza e a má intenção, e a fé e o governo dirigido por seres humanos e só.
Entre uma sociedade teocrática sugerida por Santo Agostinho e um governo dirigido por intelectuais, como Platão sugeriu, roga-se para que o povo seja sábio para questionar, julgar e acreditar em mudanças, e perspicaz o suficiente para ponderar a confiança e a dúvida, a gentileza e a má intenção, e a fé e o governo dirigido por seres humanos e só.
Sarah
Nadim de Lazari
#2011
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