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terça-feira, 4 de junho de 2013

Náufrago

       E aí, de tanto fugir das pessoas que se expunham demais, eu fui me encolhendo e resguardando aqui dentro de mim  as vergonhas e os medos que sentia por elas (e delas). E sufoquei. Deixei tudo que eu sou bem encolhidinho e trancafiado numa redoma de medo e aflição.


       E no meio disso tudo, eu virei o avesso do que era, e perdi as chaves que davam aval para que meus sonhos brotassem e fizessem de mim um pouco mais de nós.



        Tesouro que sou, naufraguei num mar: solidão.


Sarah Nadim de Lazari