E aí, de tanto fugir das pessoas que se expunham demais, eu
fui me encolhendo e resguardando aqui dentro de mim as vergonhas e os medos que sentia por elas (e
delas). E sufoquei. Deixei tudo que eu sou bem encolhidinho e trancafiado numa
redoma de medo e aflição.
E no meio disso tudo, eu virei o avesso do que era, e perdi
as chaves que davam aval para que meus sonhos brotassem e fizessem de mim um
pouco mais de nós.
Tesouro que sou, naufraguei num mar: solidão.
Sarah Nadim de Lazari
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