Foram só
mãos dadas
E um
diálogo silenciosamente compreendido.
Foram só
mãos dadas
E tanta
coisa a se dizer.
Foram só
mãos dadas
E a
escuridão nos entendia.
Foram só
mãos dadas
E as
lembranças dia após dia.
Mãos de
quem cumprimenta
Mãos de
quem dá adeus.
Que,
levantadas, soam eufóricas
E que
dadas, temem o amanhecer.
Mãos que
brincam, fraternais.
Mãos que
sabem: se completariam.
Silenciosas:
de poucas vogais
Mas que,
singelas, disseram: “até mais”.
Sarah Nadim de Lazari
#dos confins dos cadernos usados em 2010. Singelo.